Contribuições do movimento pentecostal à Teologia
Palavras-chave:
Pneumagiologia, Pentecostal, TeologiaResumo
O Movimento Pentecostal no Brasil cresceu muito em décadas anteriores e mesmo agora, ainda que num ritmo não tão acelerado como antes, continua demonstrando um crescimento considerável. Apresenta-se de maneira multifacetada, de modo que é até desafiador defini-lo. Com efeito, não há possibilidade de se encarar o Movimento Pentecostal como um bloco monolítico. Todavia, o presente artigo toma como referência o Pentecostalismo Clássico, iniciado no Brasil na década de 1910, tendo seus antecedentes nos Estados Unidos, em Azuza Street, em Los Angeles, no avivamento que se tornou mundialmente conhecido a partir de 1906. Em sua grande expansão, o Movimento Pentecostal vem produzindo reflexão teológica em áreas importantes para a Teologia Sistemática, como a Pneumagiologia e Escatologia e outras áreas como a Educação Cristã e a Teologia Contemporânea, aqui destacadas. Essa contribuição se nota no considerável volume de produção bibliográfica em torno destes temas e na práxis eclesial das igrejas pentecostais, que tem dado ênfase a estas doutrinas. Com efeito, essas doutrinas são fundantes do pensamento e prática pentecostais. Por mais que o Movimento Pentecostal possa sofrer críticas com relação ao desenvolvimento de uma teologia própria, é fato que houve, já nos primeiros anos, uma preocupação considerável com aspectos teológicos, doutrinários e esforços foram empreendidos em direção a um fazer educativo cristão. Pode ser considerado ainda o impacto que o Movimento Pentecostal causou em diversas denominações, levando teólogos de várias confissões a discutirem temas relacionados à Teologia que outrora não ocupavam tanto espaço na pesquisa teológica. Este artigo procura destacar algumas dessas contribuições trazidas assim pelo Pentecostalismo.
ABSTRACT
The pentecostal movement has grown a lot in Brazil last decades and it is still growing nowadays, although in a not as fast-paced as before, it continues to show considerable growth. It presents a multifaceted manner, so that it is challenging to define it. So, there is no way to see the Pentecostal movement as a monolithic block. However, this article took the classical Pentecostalism as reference, started in Brazil in 1910’s, and has its origin in United States, in Azuza Street, Los Angeles, in the revival which became worldwide known since 1906. Through its expansion, the Pentecostal movement has been producing theological reflections on important areas, as systematic theology, pneumatology, eschatology, Christian education and contemporary theology, highlighted here. These contributions can be noted in the considerable bibliography about these themes and in the ecclesiastical praxis of Pentecostals churches, which have has given emphasis to these doctrines. Indeed, these doctrines are foundational thinking and Pentecostal practice. As much as the Pentecostal movement may suffer criticism regarding the development of a theology itself, the fact is that, there was, in the first years, a considerable concern with theological and doctrinal aspects and efforts have been made toward a Christian education production. It can be also considered the impact that the Pentecostal movement brought to many denominations, making many theologians, of different confessions, to discuss issues related to theology that once did not occupy much space in theological research. This article intent to show some of the contributions Pentecostal movement brought.
Métricas
Referências
ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. 4.ed. Tradução de Odayr Olivetti. Campinas: Luz Para o Caminho, 1996.
Bíblia de Estudo Scofield. São Paulo: Holy Bible, 2009.
CALVINO, João. As institutas ou tratado da religião cristã. São Paulo: Presbiteriana, 1989.
CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e de atualização de professores veteranos da Escola Dominical. 18.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HODGE, Charles. Teologia sistemática. Tradução de Valter Martíns. São Paulo: Hagnos, 2001.
HORTON, Stanley M. (ed.). Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. Tradução de Gordon Chown. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
HORTON, Stanley M. O avivamento pentecostal: as origens e o futuro do maior movimento espiritual dos tempos modernos. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
MATOS, Alderi Souza de. O movimento pentecostal: reflexões a propósito do seu primeiro centenário. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/6982.html >. Acesso em 29 ago. 2016.
MYATT, Alan. A Teologia da Libertação e o novo pluralismo religioso. Revista Batista Pioneira, v. 3, n. 1, 2014. Disponível em: <http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/rbp/article/view/52/70> Acesso em 19 jul. 2016.
PEARLMAN, Myer. Ensinando com êxito na Escola Dominical. São Paulo: Vida, 1995.
POOMERENING, Claiton Ivan. Pentecostalismo líquido: fluidez teológica entre os pentecostalismos. Azuza Revista de Estudos Pentecostais. Disponível em: <http://www.ceeduc.edu.br/pdf/azusa/volume4/1_claiton_ivan_pommerening.pdf> Acesso em 06 set. 2016.
Revista Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2º trimestre 2011.
ROCHA, Daniel. Dando a Deus o que é de César: escatologia, pentecostalismo e política em três atos. Disponível em: <http://www.koinonia.org.br/tpdigital/detalhes.asp?cod_artigo=417&cod_boletim=23&tipo=Artigo> Acesso em 06 set. 2016.
SANTOS, Valdeci S. Fides Reformata. 2000. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_V__2000__1/Valdeci.pdf> Acesso em 06 set. 2016.
SILVA, Antonio Gilberto da (ed.). Teologia sistemática pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA, Antônio Gilberto da. O calendário da profecia: conhecendo o fim dos tempos e o tempo do fim. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. Tradução de Augusto Victorino. São Paulo: Hagnos, 2003. Vol. 1 e 2.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2019-05-13