IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA

DA IGREJA INDUSTRIAL À IGREJA ALGORÍTMICA

Resumo

O artigo analisa os impactos da sociedade industrial e da globalização nas comunidades cristãs evangélicas brasileiras. Tomando como referência as transformações sociais advindas das revoluções industriais, observa-se mudanças significativas nas estratégias de manutenção e expansão das denominações evangélicas. Por tal motivo, o recorte temporal do presente artigo inicia-se junto à 1ª Revolução Industrial e vai até a consolidação e expansão do fenômeno da globalização. O modus operandi
industrial e informacional, em seus contextos históricos ultrapassaram os limites de seu lócus, projetando-se para diversas instâncias da sociedade. As igrejas evangélicas, como organizações espaço-temporais, não ficaram isentas e inertes a essas transformações. Gradualmente, os modelos de gestão e produção - como o taylorismo, por exemplo - foram sendo incorporados em suas práticas organizacionais. A influência sofrida por esses fenômenos sociais foi tamanha que, gradualmente foi sendo incorporada em suas produções teológicas, como pode ser claramente observável na teologia da prosperidade e do coaching. Para fundamentar o presente artigo, foi utilizada uma comparação, traçando paralelos entre organizações industriais e empresariais com as igrejas evangélicas. A opção metodológica do estudo se fundamenta em revisão de literatura, tendo por base as produções teóricas que discorrem sobre o tema através da utilização de bibliografias históricas, geográficas, sociais e teológicas. Espera-se que este artigo contribua com uma reflexão sobre o status quo da igreja brasileira hodierna e instigue futuros trabalhos que aprofundem ainda mais essa temática.