A ÉTICA ARTIFICIAL DAS MÁQUINAS INTELIGENTES E AS REFERÊNCIAS DE APRENDIZAGEM DA ÉTICA CRISTÃ

The Artificial Ethics of Intelligent Machines and the Christian Ethics Learning References

Resumo

O tema abordado neste artigo vem de uma discussão atual e muito preocupante sobre ética e Inteligência Artificial (IA). Esse tema parte do imaginário das obras de ficção científica para a literatura jornalística e acadêmica da Ciência da Computação, da Neurociência e da Filosofia trazendo à luz, em uma linha cada vez mais tênue entre o presente e o futuro e entre o real e o virtual, o potencial de humanidade das máquinas e o seu impacto na humanidade subjugada às máquinas. Tais preocupações têm sido justificadas porque máquinas têm sido criadas para agirem com inteligência, mas sem consciência, com base apenas em padrões reconhecidos, aprendidos e inferidos a partir de relações encontradas em uma grande quantidade de dados, que nem sempre são transparentes a usuários de tais máquinas e principalmente a seus próprios programadores. Dessa forma, este artigo tem como objetivo, a partir de publicações recentes sobre ética e IA, trazer à reflexão e à discussão, possibilidades de agregar às máquinas, além do comportamento inteligente, o comportamento ético nas tomadas de decisões com ou sem assistência humana. Para isso, é necessário ter uma compreensão básica de como as máquinas aprendem e como elas evoluem para se tornarem autônomas na tomada de decisões tendo como referências o comportamento inteligente e a consciência humana. A partir dessa compreensão, levantamos as seguintes questões para reflexão e discussão:  Como a ética tem sido “entendida” e executada pelas máquinas? A ética advinda da consciência humana é uma referência ideal para as máquinas aprenderem ética? Não poderiam os princípios morais cristãos, dentro do que é consenso ou que não entra em conflito com outros padrões éticos, ser a referência da ética artificial das máquinas inteligentes? Sendo a ética cristã uma referência para a ética artificial, os princípios morais deverão ser absolutos ou poderão ser hierarquizados?