A NOVA PERSPECTIVA PAULINA

UMA APRESENTAÇÃO INTRODUTÓRIA?

Resumo

Esse estudo de pesquisa bibliográfica se propõe apresentar de forma sucinta e objetiva alguns aspectos introdutórios daquilo que se convencionou chamar de nova perspectiva paulina. A nova perspectiva paulina tem apenas de algo em torno de quatro ou cinco décadas de desenvolvimento e já é tido por alguns estudiosos como uma “revolução copérnica” para os estudos paulinos na atualidade. Diante disso, procura-se apresentar o cenário propício do surgimento da nova perspectiva paulina com seu pontapé inicial a partir do artigo de Krister Stendahl sobre a “consciência introspectiva do ocidente”. Na sequência, de fato a fundação com a obra de Ed Parish Sanders “Paulo e o Judaísmo Palestino” e o desenvolvimento e encorpamento das interpretações e conceitos dados por James D. G. Dunn com a alcunha do termo “nova perspectiva paulina” e a publicação da sua obra célebre “A Nova Perspectiva sobre Paulo”. Além disso, algumas contribuições sobre o assunto trazidas por N. T. Wright. Como as compreensões que surgiram em cima das reinterpretações que esses autores deram a passagens das epístolas paulinas que até então estavam cristalizadas pela tradição reformada, mas especificamente ao modo como Lutero formulou a doutrina da justificação pela fé, segundo eles, mais à luz da sua época, do que à luz do contexto próprio de Paulo, atribuindo ao judaísmo um legalismo questionável pelos proponentes da nova perspectiva paulina.