UM GRITO DE ANGÚSTIA
A ANÁLISE TEOLÓGICA DO SALMO 22.1
Palavras-chave:
Aflição, Angústia, Desemparo, Clamor, Contexto CanônicoResumo
O trabalho em questão apresenta uma análise teológica do versículo 1 do Salmo 22, dentro do contexto canônico, com ênfase no grito de angústia do salmista diante da aflição da sua alma. De autoria atribuída a Davi, o salmista no Salmo 22 expõe, nesse primeiro versículo, a aflição da sua alma diante do seu Deus que aparentemente o havia abandonado e o deixado a própria sorte. De maneira semelhante, o Senhor Jesus, no Gólgota, cita as mesmas palavras diante da dor da crucificação e da sua iminente morte. Na sua escrita o salmista relata as mesmas palavras que, cerca de 1000 depois, seriam pronunciadas pelo próprio Deus encarnado – Jesus Cristo – conforme citado nos Evangelhos por Mateus 27.46 e Marcos 15.34, durante o sofrimento da crucificação. O presente artigo expõe uma análise teológica do versículo 1 do Salmo 22, que diz na sua primeira parte: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras do meu gemido?” Por meio dessas palavras o salmista expressa um grito de angústia, resultado de uma tétrica aflição. Dentro desse contexto se apresenta as supostas causas do clamor do salmista, bem como a sua relação com a exclamação de Jesus crucificado no Gólgota e a conexão com as angústias e aflições suportadas pelo homem ao longo dos séculos. Através do método existencialista38 e da pesquisa bibliográfica, foi explorado o texto bíblico em questão.
